Título: A Sétima Cela
Autor: Kerry Drewery
Editora: Astral Cultural
Gêneros: Suspense / Distopia /
Romance
Ano: 2016
Páginas: 316
A Sétima Cela é uma distopia. Uma
época onde não existem mais tribunais, presos com penas intermináveis, sistema
penitenciário, nada disso. No lugar existe um reality show onde são
apresentadas pessoas acusadas de cometer os mais variados crimes para que o
público julgue e lhes condene, ou não, a morte. Isso em apenas 7 dias. Eles são
mantidos em uma prisão conhecida como o corredor da morte. Aguardam a votação e
no fim: Liberdade ou cadeira elétrica.
Nesse livro temos a história de
Martha Honeydew, uma jovem de 16 anos, que confessa ter assassinado uma
celebridade nacional, o queridinho da nação: Jackson Paige. Durante os próximos
7 dias em que Martha ficará no corredor da morte, ela será apresentada, julgada
pelos telespectadores do famoso programa "Morte é Justiça" e se for
considerada culpada irá para a cadeira elétrica.
Nesse tempo ela percorre 7 celas
diferentes. Cada uma com suas peculiaridades, e onde a faz repassar por
lembranças de sua vida, sua trajetória até o momento presente. Conhecemos um
pouco de seu passado por esse meio. Enxergamos os personagens que se juntam a
ela nessa trama e nos faz pensar se o que vemos todos os dias expostos nas
mídias realmente faz jus a verdade. Temos uma ré confessa, em um programa
sensacionalista que a mostra admitindo o crime, porém... Mais nada. Não buscam
saber o que a levou a cometer o assassinato. Onde estão as provas? Realmente a
justiça pode ser feita com apenas uma ligação? Realmente "Morte é
Justiça"? Onde estão os questionamentos? Quem é essa garota? Qual a
relação dela com a vítima?
NADA É APRESENTADO ALÉM DA
ACUSAÇÃO JÁ CONDENANDO A GAROTA!!!!
NÃO EXISTE MAIS A MÁXIMA: “INOCENTE
ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO”
Muitas coisas nas lembranças de
Martha são apresentadas ao leitor. Sua família. A família de Paige. Amigos e
como se envolvem em toda essa situação. Personagens secundários que ganham voz
a cada página virada. Emoções, conflitos, segredos escondidos e outros tantos a
serem descobertos. Intrigas, confusões, nervos à flor da pele. Martha é uma
assassina fria ou uma vítima da sociedade? Uma reviravolta no final.
Surpreendente, intrigante,
sensorial e intuitivo são alguns dos adjetivos que posso falar sobre esse
livro. Nos leva a pensar sobre como tratamos o ser humano, como vemos os que
estão a nossa volta, se é que vemos. Como enxergamos a sociedade atual e o que
podemos fazer para melhorar. O primeiro da trilogia A Cela. Claro que o final me
deixou com gostinho de quero mais e espero o segundo volume com curiosidade e
ansiedade a mil.
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